domingo, abril 29, 2007

Sentir

Os sentimentos não se definem por decisão racional nem os podemos dominar por completo. Até podemos tentar espicaça-los ou amordaça-los n uma tentativa de os condicionar mas nem isso chega para os controlar de facto.
Resta-nos conseguir gerir o que sentimos, conviver com isso da melhor forma e decidir quais são os sentimentos que queremos que participem activamente da nossa vida.

sexta-feira, abril 27, 2007

Intercéltico

Ao longo dos últimos anos fui-me habituando a que o Festival Intercéltico do Porto se tornasse uma marca de Primavera que me trazia aos ouvidos novos sons de influência celta.
O festival tem conseguido sobreviver ao longo destes anos apesar de existirem cada vez menos apoios e patrocínios. Fazendo parte de um trio de excelente festivais do Porto, a par do FITEI e do Fantasporto, o Intercéltico serve ainda para lançar novos sons neste tipo de música apostando muitas vezes em bandas em início de carreira que quase sempre se vieram a confirmar como importantes neste tipo de música.

Volta este ano, apesar da dificuldade em encontrar uma sala adequada para a sua realização já que o Rivoli não pode ser opção. O renovado cinema Batalha irá então acolher hoje e amanhã a música celta, com uma novidade: a plateia não terá cadeira o que permitirá obter espaço para o público poder dançar. Esta era uma queixa que existia em relação a anteriores edições.

Duas bandas portuguesas, uma galega e uma irlandesa farão os concertos principais destes dois dias. Como habitualmente haverá ainda a feira do disco e as noites prolongam-se no café-concerto.
Espera-se portanto que os Deuses Celtas se instalem por dois dias no centro do Porto!

O programa está disponível em interceltico.blogspot.com

segunda-feira, abril 23, 2007

Pensar

Associamos muitas vezes o acto de pensar ao nosso lado mais racional. No entanto, é precisamente quando as emoções ganham força que os nossos pensamentos se tornam mais intensos.
Por isso é que, às vezes, gostaríamos de ter um botão mágico para conseguir desligar esse nosso pensar mais emotivo. É que por vezes, ele perturba-nos demasiado.

Contraditório? Só um pouco, como tantas outras coisas na vida…

domingo, abril 22, 2007

Cenas do quotidiano III

O olhar dizia-lhe “adeus” mas as lágrimas teimavam em não sair. Era com o olhar que os sentimentos se revelavam, apenas através dele se expressavam. Certamente que as palavras eram demasiado fracas e exíguas para definir aquele momento.
Era um olhar sereno mas também tristemente calmo, parecia querer dizer “sê feliz” e ao mesmo tempo quase que gritava “não vás”. Cobardia ou não, o olhar apenas se despedia, sem ousar lutar pela não partida. Estaria a assumir uma derrota ou apenas a compreender o motivo daquele momento?
Aquele olhar estava inquieto mas ao mesmo tempo estranhamente mostrava imensa ternura enquanto fugia ao prolongar daquela despedida. Era mais um sinal do desconforto que envolvia aquele momento.
O olhar desviou-se e seguiu o seu caminho. Seria fácil apostar que era agora um olhar cego pelos pensamentos, até porque hesitou duas ou três vezes quando se voltou para trás por meros segundos. Decidido mas não convencido, talvez um pouco conformado.
E seguiu o seu caminho em busca de novos olhares.

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sábado, abril 21, 2007

Destino

Não acredito que o destino esteja escrito nas estrelas. Isso seria demasiado redutor das nossas capacidades, de nada serviria sonhar ou lutar pelos nossos objectivo se o resultado final já estivesse estabelecido à priori.

O destino é aquilo que construímos hoje: são as nossas escolhas e a forma como as vivemos. Vamos ajustando esse destino todos os dias introduzindo correcções à rota traçada antes. No entanto, não podemos esquecer os imprevistos de percurso que teimam em aparecer a qualquer momento; também nessas alturas somos nós a decidir como vamos lidar com eles e de que modo reinventamos o nosso destino.

quinta-feira, abril 05, 2007

Imparcialidade

É tão fácil sentir que fomos injustiçados, quanto mais não seja porque somos juízes em causa própria. É que a nossa maior tentativa de imparcialidade dificilmente consegue vencer as emoções que nos inquietam na nossa capacidade de avaliar as situações que vivemos.