Cenas do quotidiano III
O olhar dizia-lhe “adeus” mas as lágrimas teimavam em não sair. Era com o olhar que os sentimentos se revelavam, apenas através dele se expressavam. Certamente que as palavras eram demasiado fracas e exíguas para definir aquele momento.
Era um olhar sereno mas também tristemente calmo, parecia querer dizer “sê feliz” e ao mesmo tempo quase que gritava “não vás”. Cobardia ou não, o olhar apenas se despedia, sem ousar lutar pela não partida. Estaria a assumir uma derrota ou apenas a compreender o motivo daquele momento?
Aquele olhar estava inquieto mas ao mesmo tempo estranhamente mostrava imensa ternura enquanto fugia ao prolongar daquela despedida. Era mais um sinal do desconforto que envolvia aquele momento.
O olhar desviou-se e seguiu o seu caminho. Seria fácil apostar que era agora um olhar cego pelos pensamentos, até porque hesitou duas ou três vezes quando se voltou para trás por meros segundos. Decidido mas não convencido, talvez um pouco conformado.
E seguiu o seu caminho em busca de novos olhares.
Era um olhar sereno mas também tristemente calmo, parecia querer dizer “sê feliz” e ao mesmo tempo quase que gritava “não vás”. Cobardia ou não, o olhar apenas se despedia, sem ousar lutar pela não partida. Estaria a assumir uma derrota ou apenas a compreender o motivo daquele momento?
Aquele olhar estava inquieto mas ao mesmo tempo estranhamente mostrava imensa ternura enquanto fugia ao prolongar daquela despedida. Era mais um sinal do desconforto que envolvia aquele momento.
O olhar desviou-se e seguiu o seu caminho. Seria fácil apostar que era agora um olhar cego pelos pensamentos, até porque hesitou duas ou três vezes quando se voltou para trás por meros segundos. Decidido mas não convencido, talvez um pouco conformado.
E seguiu o seu caminho em busca de novos olhares.
Etiquetas: quotidiano
2 Comments:
"Escrevo para que o silêncio recolha o que não posso alcançar,
e na distância intacta estremeçam as pétalas de uma rosa abolida, de uma rosa fértil..."
António Ramos Rosa
As ilusões estão sempre no limiar da verdade. Ficam indecisas, entre tomarem posse do que as reclamou, ou perderem-se nos horizontes de outras verdades, que também as reclamam.Não saberemos nunca a verdade entre a intrusa imagem da presença e a mistificadora certeza da ausência.
sendo o destino uma coisa nao marcada e não vinculativa, kis talvez o destino ke esse olhar quase conformado encontrasse novos olhares.
clikamaki
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