sábado, julho 29, 2006

Oportunidades

Dizem que a história não se repete e que as oportunidades são únicas; por isso o aviso frequente que se não as agarramos hoje elas amanhã não voltam.
Não deixa de ser verdade, no entanto também ninguém nos garante que não surjam no futuro outras opções diferentes e potencialmente melhores que só podemos agarrar se hoje abdicarmos de uma dessas oportunidades que nos dizem ser únicas.
Por isso é que a vida é um jogo: há que fazer opções e administrar os riscos enquanto se procura a sorte que sempre dá jeito para conseguir triunfar.

domingo, julho 23, 2006

O Perfume

Quem leu o livro “O Perfume – História de um assassino” decerto que se interrogou com a diversidade e características que os cheiros podem ter e representar.
O olfacto acompanha-nos como um dos cinco sentidos, mas temos sempre alguma dificuldade em o descrever ou até de fazer comparações entre cheiros. No entanto, Patrick Süskind conseguiu neste livro usar as palavras para nos mostrar como esse mundo de sensações olfactivas.

A história vem agora dar origem a um filme, como em tantas outros textos que se tornam best-sellers mundiais. Fico curioso em saber como se transportam os cheiros para as imagens que acompanham a vida de Jean-Baptiste Grenouille.
Até sair o filme, resta a possibilidade de ir ver o trailler de apresentação em http://www.parfum.film.de/
É apenas um “cheirinho” mas dá para ficar mais curioso em conhecer o resultado final.

sábado, julho 15, 2006

Feira Livro Electrónico

A World eBook Fair regista cerca de 330 mil obras em formato digital em mais de 100 línguas (incluíndo o Português) que poderão ser descarregadas gratuitamente até 4 de Agosto como forma de promover os eBooks.
Esta iniciativa assinala o 35º aniversário da colocação do primeiro eBook online pelo fundador do Projecto Gutenberg, Michael Hart, a 4 de Julho de 1971.

Vale a pena ir visitar em World eBook Fair

sábado, julho 08, 2006

Chegou de Surpresa

Chegou de surpresa, sem aviso prévio e sem pedir licença. Parecia que tinha surgido do nada e no entanto ali estava ela capaz de provocar um enorme entusiasmo.
Depois desta chegada era importante perceber rapidamente o que fazer a seguir e como agir com ela. Seria incorrecto e injusto deixá-la ali sem a experimentar.
As idéias que surgem assim merecem ser colocadas em prática para se tornarem úteis.

quinta-feira, julho 06, 2006

Ainda a Bola

O sonho terminou ontem, no entanto os portugueses parecem ter conseguido compreender que o desempenho da nossa selecção foi excelente e apesar da tristeza continuam a apoiar o grupo. Basta olhar para o que aconteceu na última edição do Mundial para perceber a evolução conseguida em quatro anos.
Pena que no calor do fim do jogo alguns jogadores tenham tido a tentação de encontrar culpas em terceiros, ou seja uma vez mais na arbitragem. É preciso saber perder com dignidade. Se calhar é isso que ainda falta para subir os últimos degraus do êxito.
Tudo poderia ter sido diferente mas errar é humano. E a França errou menos e aproveitou da melhor forma a nossa falha mais grave. Há que aprender com o que sucedeu e seguir em frente de cabeça levantada.

Gostei da atitude ambiciosa desta equipa, da organização, do espírito de equipa, da liderança do seleccionador, do rendimento de alguns jogadores dos quais tinha algumas dúvidas, da alegria contagiante de um povo e de ver o nosso país lutar entre grandes potências do futebol.
Não gostei de alguma falta de humildade para reconhecer os erros e derrotas, da constante simulação de faltas (que só nos prejudicou quando elas realmente existiram), da previsibilidade das escolhas e substituições, da gritante falta de capacidade atacante da equipa (nos últimos 3 jogos só marcamos 1 golo) e do cansaço de alguns jogadores.

Ainda falta o último encontro, mas fica a certeza que a campanha foi muito boa e a esperança que será possível aprender com os erros cometidos para que na próxima vez seja possível ir ainda mais além.

domingo, julho 02, 2006

Vitórias

Neste nosso país, torna-se complicado fugir ao tema do futebol por estes dias, fruto de mais uma vitória da nossa selecção neste Campeonato Mundial. Tudo parece girar em torno do futebol enquanto o resto vai ficando esquecido. Até uma remodelação do governo passa quase despercebida no mundo das notícias.
Os jornais usam e abusam, parece por vezes que quase todos eles são desportivos, as televisões fazem directos de qualquer parte onde existam adeptos prontos a expressão o que lhes vai na alma e as imagens dos jogos são repetidas até à exaustão.

Fará sentido todo exte exagero? Não sei! Gosto de futebol, de assistir a um bom jogo, de vibrar com os golos e vitórias da minha equipa, mas confesso que já estou cansado de tanto futebol, ou melhor de tantas peças acessórias ao jogo.
Seria muito mais sensato vibrar intensamente os 90 minutos (ou 120 mais pontapés da marca de grande penalidade se for caso disso), festejar em caso de vitória e depois regressar à vida normal até ao próximo jogo. Tudo o resto seria efectivamente dispensável.

Dizem os mais defensores desta vida em torno do futebol, que tudo isto acontece porque é a única actividade onde Portugal consegue dar cartas e vencer. Confesso que me custa a acreditar nisto, existem casos de sucesso em outras áreas que são tantas vezes esquecidas ou pelo menos não têm a mesma projecção e por isso a maioria nem se lembra que existem.

É óbvio que todos gostaríamos de ter mais casos de sucesso em Portugal que nos colocasse nos primeiros lugares mundiais na investigação, da economia, na engenharia, nas artes e em muitos outros campos.
Para o conseguir talvez fosse bom olharmos para o futebol e tentar tirar algumas lições que possam ser usadas para potenciar essas outras actividades. Primeiro há que reconhecer que o futebol vencedor é fruto de um profissionalismo e uma dedicação enorme. As vitórias surgem de um trabalho rigoroso de equipa que é bem organizado e gerido. Estas equipas têm entre elas os melhores profissionais e que foram escolhidos por quem tem de os gerir. O líder é forte.

Será que nas outras actividades onde gostaríamos de ver Portugal vencer, estamos a aplicar estes princípios? Profissionalismo? Trabalho de equipa? Rigor? Boa organização? Liderança? Valorização dos recursos humanos?
Realmente dá que pensar um pouco.