terça-feira, junho 26, 2007

Escrita

A propósito desta publicidade que recebi hoje por e-mail, acabei por fazer uma pequena reflexão sobre a escrita.


Num tempo em que o e-mail e as sms dominam a comunicação, as cartas escritas à mão começam a desaparecer.
De vez em quando, sabe bem escrever no papel com uma caneta. Faço-o muitas vezes, mas depois quase tudo acaba em formato electrónico. Será que com isso se perde um pouco da alma da escrita? Um pouco talvez, porque desaparecem as correcções, a força ou leveza da escrita, a pressa ou a calma que se evidenciam na letra desenhada no papel branco.

De vez em quando sou surpreendido com algo escrito à mão, e é bom olhar para a caligrafia, por vezes perder um pouco mais de tempo a decifrar o que está escrito ali, relembrando um tempo em que havia tempo até para ler pausadamente.
Quantas pessoas, algumas até relativamente bem próximas de nós, conhecemos mas que nunca lhe vimos a caligrafia?

E tu? Conheces a minha caligrafia? Será que eu conheço a tua?
Se sim, há quanto tempo não trocamos um texto escrito à mão?
Se não, quando será que vamos fazer um intercâmbio caligráfico?

Sonhos

Quando dizemos que vamos sonhar com alguém, sabemos bem que isso é somente um desejo porque apenas nos podemos comprometer que vamos adormecer a pensar nessa pessoa.
Ao acordar pela manhã, muito provavelmente nem nos vamos recordar dos sonhos que tivemos. Por isso podemos, na maior parte dos casos, simplesmente acreditar que efectivamente sonhamos com quem nos propusemos sonhar. Quem pode provar o contrário?

É por isso que muitas vezes ao fecharmos os olhos em busca do nosso adormecimento, acabamos por manter a nossa mente bem focada em alguém. Ao mesmo tempo deixamos que o sono desça lentamente sobre nós e que se apodere primeiro do nosso corpo e depois da nossa mente, tudo isto como se estivéssemos a ser embalados por essa pessoa com quem tanto desejamos sonhar.
Desta forma, ela permanecerá presente no nosso sono até ao despertar.

sábado, junho 09, 2007

Escolhas

Na vida existem muitos caminhos que nos estão vedados: são escolhas que não podemos fazer. Talvez por isso, é que não devemos abdicar de fazer a escolha final do caminho que tomamos.
Pelo menos eu penso assim. Quero poder escolher o meu caminho, mesmo que esse não seja o mais escolhido, o mais normal do ponto de vista social ou o que todos me recomendam. Será certamente aquele que me parece conferir mais prazer na minha caminhada.
Por esse motivo, sei que frequentemente terei de percorrer sozinho alguns desses caminhos, mas essa será uma opção minha. E muito provavelmente até me vou cruzar com muita gente que não esperava ver a percorrer esse mesmo caminho! Se assim for, talvez as minhas escolhas não sejam assim tão estranhas, se calhar são é menos faladas. É como aquelas praias que o turismo de massas ainda não descobriu e se mantêm como verdadeiros locais mágicos e cheios de encanto.