domingo, agosto 20, 2006

Riso

Se os sorrisos são marcas da nossa serenidade interior então talvez a capacidade de rir seja também uma importante medida da felicidade sentida nos nossos momentos de riso genuíno.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Eu

Recuso-me a esquecer! Isso seria negar experiências e sentimentos percorridos. Quero acreditar que conseguirei guardar para sempre na memória o registo dos momentos e dos detalhes daquilo que vou vivendo.

E assim cada um dos pormenores da vida não acontecerá nunca em vão; leituras, conversas, silêncios, sonhos, imagens, brilhos, sons, gritos, sussurros, abraços, lágrimas, sorrisos, encontros, desencontros, certezas, incertezas, doenças, medos, aventuras, partidas, regressos, alegrias, cores, cheiros, toques, beijos, desejos, amores, desilusões, amizades, cumplicidades, encantamentos… e tudo o resto que se junta para constituir a minha memória e fazer parte daquilo que eu me vou tornando a cada dia que passa.

terça-feira, agosto 15, 2006

Linfoma

Quando ouvimos falar de um linfoma ficamos com a ideia que deve ser uma doença relacionada com o cancro já que tem o sufixo "-oma" como em outros termos médicos para doenças tumorais. No entanto uma maioria pouco conhece sobre a doença.

A Lymphoma Coalition é uma organização que se dedica ao tema e está a tentar recolhar informação sobre pessoas com linfoma, seus familiares e amigos de modo a tentar saber mais acerca dos níveis gerais de sensibilização acerca do linfoma, dos receios dos doentes e do apoio que os doentes recebem após o diagnóstico.

Se quiserem participar basta seguir o link abaixo.




Em Portugal, descobri recentemente que existe uma associação com fins semelhantes, a Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas mas que ainda não tem disponível um nível de informação idêntico ao que é possível encontrar em outras associações de outros países, como é do caso do projecto Life em Inglaterra ou da Abrale no Brasil.
São bons exemplos a seguir e apoiar.

sábado, agosto 12, 2006

Intimidades

Existem palavras e gestos que apenas podem existir na intimidade oferecida pela amizade que une as pessoas, sem que isso constitua uma afronta à privacidade ou que sejam entendidas como um artificialismo. Um abraço apertado, um toque na mão, um olhar cúmplice ou um chorar no ombro são alguns pequenos exemplos que têm a sua autenticidade ligada à intimidade construída com base na amizade.

Quando se fala de intimidades é também comum associar-se a palavra ao amor, à paixão, ao desejo e ao sexo; é uma outra forma de intimidade, mais física e sexual. Estas duas formas podem ser complementares, no entanto também podem acontecer isoladas uma da outra.

Aliás nas amizades é vulgar admitir-se que sobrevivem facilmente (e melhor) sem o desejo sexual presente. O que não quer dizer que este não possa estar presente em muitas amizades, de formas mais ou menos evidentes e concretas, muitas vezes sem deturpar o valor dessa relação fraterna. É aqui que a primeira forma de intimidade joga a sua força.

Há também paixões arrebatadoras e desejos escaldantes que se apoiam numa enorme cumplicidade dos corpos que se querem íntimos e no entanto podem em alguns casos ser incapazes de lidar com os gestos e palavras de uma amizade mais profunda. O jogo de forças entre as intimidades e as necessidades de cada parceiro serão assim fundamentais para o viver de uma relação assim.

As intimidades não são estáticas: elas desenvolvem-se e transformam-se. Podem aparecer quase do nada, podem desaparecer, alterar a sua força ou a forma como se revelam, aprendem com a experiência, adaptam-se aos ritmos e formas de vida, podem-se manter, crescer ou morrer. Saber conviver com essas alterações, nas amizades tal como no amor e no sexo, significa lidar também com a evolução natural das intimidades que estão presentes.

E não existem regras nem leis, cada caso é único por muitas semelhanças que possa ter com tantos outros. Só vivendo e aprendendo com a experiência é possível enriquecer a nossa forma de gerir as várias intimidades que estabelecemos ao longo do tempo.

sábado, agosto 05, 2006

Pausa

Às vezes é necessário parar um pouco enquanto se percorre um caminho que parece cada vez mais desgastante. Abandoná-lo ou simplesmente para descansar, em ambos os casos isso requer abrandar o ritmo e interromper o percurso.
Fazer uma pausa, mesmo que breve, serve para respirar um pouco, para olhar em redor para descobrir novos pormenores daquilo que nos rodeia e para nos ajudar a recuperar força e ânimo para retomar a caminhada.
Há momentos assim também nas nossas vida em que alguns dias, por vezes até um par de horas, em que uma pequena fuga à rotina nos permite recarregar a energia e paz que tanto precisamos. Depois é possível escolher novos percursos de vida ou retomar os já conhecidos de uma forma mais serena e descansada.