segunda-feira, dezembro 31, 2007

2008

O percurso não termina aqui. Tudo segue o seu ritmo normal apesar do alarido e simbolismo que acabamos por dar às doze badaladas finais desta noite. A fronteira existe apenas no nosso imaginário, o segundo que se segue à meia-noite é apenas a continuação do anterior. No entanto, tantas vezes teimamos em fazer balanços e planear mudanças.

A vida vai continuar a fluir, e eu cá continuarei para aprender com ela. Estarei à descoberta de novos sabores e fragrâncias do quotidiano, de formas diferentes de olhar o mundo, de pensamentos que me completem e de sorrisos que contagiem.
Pelo meio sei que irei ter outras experiências mais dolorosas, é inevitável. Sentirei tristeza e dor, possivelmente irei provocar mágoa e desilusão. Afinal sou humano como os outros, esta é a única desculpa que encontro. Mas até no mais negativo, tentarei encontrar lições para que possa crescer como pessoa.
Tentarei ao longo dos dias, e em cada instante, encontrar novos (ou renovados) equilíbrios que me envolvam na serenidade que só os momentos intensamente vividos nos podem oferecer.

Quem me acompanha?
Venham daí, 2008 está a chegar!

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Linha de Vida

Existe uma linha extremamente frágil sobre a qual percorremos a nossa vida. Ela é tão ténue que se torna muito simples escorregarmos nos receios que nos acompanham e perdermos esse equilíbrio delicado que nos mantém.
Por isso, cada etapa que ultrapassamos facilmente se torna um momento admirável e inesquecível.

terça-feira, dezembro 18, 2007

Peço Desculpa

Peço desculpa por tudo
o que deixei de viver,
de experimentar,
de concretizar,
pelo que magoei e desiludi
mas peço sobretudo...
desculpa a mim próprio
pela vida que me esqueci
de saborear com prazer,
o que deixei por fazer
e pelos momentos em que fugi
de mim próprio!

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Paredão

Praia do Molhe, Porto

Na linha de costa da vida, sinto a força das ondas contra esse paredão de defesa. Ele tenta em vão defender-me contra todos os medos mais salgados desse mar revolto de emoções contraditórias.
Chamem-lhe razão a esse paredão, ou simplesmente covardia, o certo é que as ondas não param, e tantas vezes são bem mais fortes que o paredão.
Somos então salpicados ou até mesmo inundados por essas águas salgadas e bravas.