A Muller Dormida
A semana passada fui surpreendido pela Eva Doroxo que partindo de uma foto minha, escreveu um belissimo poema em galego.
emerxo serea da verticalidade na que me atesouras.
mergullada na inmensidade do gris, alónxaste de min,
trémenme as pernas cando sinto teu alento entre elas,
oscilo lambela no ferro de teu corpo erecto.
somos cerámicas en composición asimétrica,
un ángulo imposible no que trasladarnos.
mollásme coa latitude esforzada:
meus beizos, túa lingua.
meus ollos, túa nostalxia.
meus agarimos, túa roupa.
tumbarme en ti desexo,
caer escama a escama en teu corpo arácnido e tecernos baixo unha rede de escuma,
mostrar meus peitos de musa entre túas maus de xeo rompendo a aritmética dos sentidos.
(Eva Doroxo)
Sem dúvida que a Eva escreve muito bem como se pode ler no seu blog, mas o facto de se inspirar numa fotografia minha encheu-me de alegria. Senti que a foto cumpriu mais uma missão.
Para completar esta pequena homenagem à Eva deixo também aqui a tradução do seu poema que o Alberto Miranda fez para Português (ou como ele diz: ortografado em Português):
emerjo sereia da verticalidade onde me entesouras.
mergulhada na imensidade do gris, afastas-te de mim,
tremem-me as pernas quando sinto o teu alento entre elas,
oscilo lâmpada no ferro do teu corpo erecto.
somos cerâmicas em composição assimétrica,
um ângulo impossível para a trasladação.
molhas-me com latitude esforçada:
meus lábios, a tua língua.
meus olhos, a tua nostalgia.
meus carinhos, a túa roupa.
Acampar em ti desejo,
cair escama a escama no teu corpo aracnídeo e tecer-nos sob uma rede de espuma,
mostrar os meus peitos de musa entre as tuas mãos de gelo rompendo a aritmética dos sentidos.
(Eva Doroxo; trad: Alberto Miranda)
Muito obrigado por esta surpresa!
emerxo serea da verticalidade na que me atesouras.
mergullada na inmensidade do gris, alónxaste de min,
trémenme as pernas cando sinto teu alento entre elas,
oscilo lambela no ferro de teu corpo erecto.
somos cerámicas en composición asimétrica,
un ángulo imposible no que trasladarnos.
mollásme coa latitude esforzada:
meus beizos, túa lingua.
meus ollos, túa nostalxia.
meus agarimos, túa roupa.
tumbarme en ti desexo,
caer escama a escama en teu corpo arácnido e tecernos baixo unha rede de escuma,
mostrar meus peitos de musa entre túas maus de xeo rompendo a aritmética dos sentidos.
(Eva Doroxo)
Sem dúvida que a Eva escreve muito bem como se pode ler no seu blog, mas o facto de se inspirar numa fotografia minha encheu-me de alegria. Senti que a foto cumpriu mais uma missão.
Para completar esta pequena homenagem à Eva deixo também aqui a tradução do seu poema que o Alberto Miranda fez para Português (ou como ele diz: ortografado em Português):
emerjo sereia da verticalidade onde me entesouras.
mergulhada na imensidade do gris, afastas-te de mim,
tremem-me as pernas quando sinto o teu alento entre elas,
oscilo lâmpada no ferro do teu corpo erecto.
somos cerâmicas em composição assimétrica,
um ângulo impossível para a trasladação.
molhas-me com latitude esforçada:
meus lábios, a tua língua.
meus olhos, a tua nostalgia.
meus carinhos, a túa roupa.
Acampar em ti desejo,
cair escama a escama no teu corpo aracnídeo e tecer-nos sob uma rede de espuma,
mostrar os meus peitos de musa entre as tuas mãos de gelo rompendo a aritmética dos sentidos.
(Eva Doroxo; trad: Alberto Miranda)
Muito obrigado por esta surpresa!
5 Comments:
MOITAS GRAZAS A TI NELSON!!
Un millón de escamas!
eva
ou colocar o link,Nelson!
beijo aos dois!
é lindo, o poema!
Mas a foto vale memso o poema. E o poema ainda por cima é lidíssimo!
Parabéns! mereces... :)
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