sexta-feira, março 23, 2007

Cenas do quotidiano II

Sentado naquele banco em frente ao mar, escrevia com nervosismo no caderno que tinha no colo. Era perceptível como tinha pressa em passar as ideias para o papel e a frequência com que riscava o que tinha escrito mostrava como elas necessitavam ainda de consolidação.
A inquietação era evidente em cada um dos seus gestos e apenas era interrompida pelos curtos momentos de pausa em que ficava imóvel a olhar o mar. Certamente que procurava nele respostas para as suas dúvidas ou então buscava apenas um pouco de inspiração. Logo a seguir retomava a escrita de uma forma desassossegada mas ao mesmo tempo bastante enérgica.
Finalmente parou, olhou para as últimas letras escritas, fechou o caderno, guardou a caneta no bolso, contemplou o mar mais uma vez, levantou-se calmamente e começou a caminhar serenamente para outras paragens.
A urgência das palavras escritas permitiu-lhe assim retomar a calma do viver.

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1 Comments:

Blogger mar!ana said...

Também conheço essa urgência.


Obrigada pelo "Porto".

4:53 da tarde  

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